+++ Neste espaço serão postadas as entrevistas que começo a fazer a partir de Janeiro. O meu desejo com estas entrevistas é trazer exemplos vivos de artistas, programadores, produtores, pensadores e afins que estejam se debruçando sobre as relações que se formam entre público-espaço-artista.

As perguntas propostas para os entrevistados são:

1. Maria Gabriela Llansol em uma de suas indagações a cerca de seu lugar no mundo da linguagem, escreve: "Quem sou eu? pergunta de escravo. Quem me chama? pergunta de homem livre”. A partir dessa percepção espacial, qual é o tema que te chama para o lugar que você ocupa hoje?

2. Pensando na produção de sua escrita Gertrude Stein afirma: "Eu escrevo para mim e para quem se interessa". Criando uma linha fictícia, entre a simbologia desse espaço criativo com o foco "glocal" potencializado pelo diretor de teatro italiano Eugenio Barba, "Quer falar do mundo, fale da sua aldeia", você sente que escrevendo ou produzindo a partir das suas questões você dialoga com o seu ambiente? É possível potencializar um espaço a partir de questões que perpassem uma crise subjetiva?

3. João Guimarães Rosa propôs a "Terceira margem do rio" como uma forma de atravessar a normatividade dos hábitos culturais. No próprio texto, a família que "perde" a presença do pai, por que este decidiu morar na terceira margem, impede que de qualquer forma a palavra "loucura" seja pronunciada para categorizar uma ação incompreensível ao desejo popular. Você já pensou na existência de uma terceira margem do rio? Como entende e explica esta metáfora?